quarta-feira, 9 de abril de 2008

ESPECIALISTAS DA FORÇA AÉREA-NÚCLEO DE COIMBRA-ASSEMBLEIA GERAL






ASSOCIAÇÃO DE ESPECIALISTAS DA FORÇA
AÉREA

NÚCLEO DE COIMBRA








Caro associado,tal como préviamente foi designado,vamos levar a efeito no próximo
dia 19 de Abril de 2008 a nossa Assembleia Geral.
Como é do conhecimento geral,este dia reveste-se de grande significado para o nosso Núcleo uma vez que irá estar presente um "Companheiro Especial",
General Taveira Martins,ex-CEMFA com o qual mantemos uma amizade reciproca.
O acontecimento terá lugar na Eireira(Montemor-o-Velho),na Casa Farta,propriedade da Sr.Joaquim de Almeida,onde nos devemos encontrar pelas 11 horas.Se quiseres ir na habitual caravana,deverás estar pelas 10:30h à porta
dos SMTUC (Serviços Municipalizados e Transportes Urbanos de Coimbra),Guarda Inglesa.
Para que o evento seja feito com "TODA A CAGANÇA",a praxe do núcleo,solicitamos-te a tua inscrição até ao dia 12 para os seguintes contactos:


Carlos Ferreira 964293915
Fernando Duarte 919479595
Aníbal Gomes 968035992

Companheiro,contamos com a tua presença,pois o Núcleo,apenas e só,as suas
próprias "migalhas"está bem de finanças e vai ajudar na festa.Será pouco mas de boa vontade.


Até Eireira

P'Direcção


VB: Aproveito a oportunidade para inserir uma notícia que li do Cor.Luís Fraga(Reforma)sobre o Gen.Taveira Martins:








Deixou o cargo de Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) o meu Amigo general Taveira Martins.

Não tenho rebuço em me afirmar seu amigo, porque os anos de contacto e a muita camaradagem que mantivemos nas mais diferentes situações sedimentaram uma amizade franca e aberta entre nós os dois. Aliás, não é difícil ser amigo do Taveira Martins, dado o seu temperamento extrovertido, alegre e optimista. As dificuldades para ele são desafios que ultrapassa com ligeireza, embora ponderadamente. Ele consegue manter uma atenção de 360º em permanência. Não lhe escapam os pormenores e sabe escolher as palavras certas para utilizar no momento exacto. Sempre foi assim.
Mais moderno do que eu na entrada para a Academia Militar, ainda por lá o conheci, embora o meu “estatuto” de cadete antigo levasse a que pouca ou nenhuma privação houvesse entre nós. Encontrámo-nos, dez anos depois, já ambos casados e com filhos, em 1973, na colónia de Moçambique, na cidade da Beira, quando havíamos iniciado mais uma comissão. Aí fundámos a nossa amizade em longas conversas, ao serão, no bar da messe de oficiais. Tudo era motivo para reflectirmos e discutirmos soluções. Passaram-se mais anos e viemos a estar colocados na Academia da Força Aérea, ambos no desempenho de funções docentes. Acresce que moramos a pouco mais de trezentos metros um do outro. Frequentamos o mesmo «café», compramos o jornal no mesmo estabelecimento e cruzamo-nos nas mesmas ruas. A sua natural simplicidade nunca se deixou afectar pela ascensão hierárquica. Algumas vezes, ao longa da vida, em circunstâncias especiais, pediu-me conselho e escutou as minhas opiniões. Mesmo no desempenho das funções de CEMFA, atendeu-me sempre o telemóvel quando lhe queria falar. A afabilidade não se lhe alterou por ter atingido o topo da hierarquia da Força Aérea. Eu, naturalmente, retraí-me de o incomodar por o saber assoberbado de trabalho. Contudo, já temos aprazado um encontro para longamente conversarmos. Voltamos a ser iguais, porque simples camaradas na inactividade militar.
Algumas vezes, durante este quase ano e meio de blog, teci críticas às chefias militares e, evidentemente, delas não exclui o meu Amigo Taveira Martins, embora consciente de que ele — tanto quanto podia imaginar e tanto quanto o cargo lho permitia — estaria a fazer os possíveis por adoptar a posição correcta. Quase sempre lhe dei conhecimento dos meus apontamentos aqui publicados e nunca dele recebi reparo nenhum. Uma ou outra vez, poucas, pediu-me prudência.
Durante três anos a Força Aérea esteve entregue nas mãos e sujeita ao comando de um homem sério, entusiasta, honesto e correcto. Não preciso de perguntar ao general Taveira Martins certas coisas, porque sei que as tentou resolver da forma mais conciliadora possível, nesse seu jeito de não estabelecer rupturas nem quebrar elos.
No dia em que foi substituído no cargo de CEMFA por um outro oficial-general, também meu conhecido de há mais de vinte e cinco anos, tenho de fazer justiça ao general Taveira Martins, afirmando publicamente as suas virtudes mostradas num período em que as Forças Armadas foram e continuam a ser tão mal tratadas pelo Poder político. Se mais não fez em prol da defesa da Força Aérea foi porque não pôde ou o não deixaram. Mas, como afirma o adágio, depois dele virá quem bom dele fará. Estou muito seguro do que digo.

Blog Luís Fraga