sexta-feira, 27 de julho de 2012

Voo 2450 AS CADERNETAS DE VOO MILITARES.









Gabriel Cavaleiro
1ºSargº.Pil.Av.
Olhão




As cadernetas de voo militares


As cadernetas de voo militares são documentos oficiais onde se regista toda a actividade aérea dos pilotos.
Essas cadernetas são autenticadas periodicamente pela autoridade competente em cada unidade mas são pertença do piloto. Acompanham-no sempre para qualquer Esquadra em que vá prestar serviço.
E quando se passa à disponibilidade, no fim do serviço militar cumprido, continuam a pertencer ao ex-militar. As horas de voo registadas nestas cadernetas podem transitar para as cadernetas civis. Um piloto civil, ex-militar, tem na sua caderneta o total das horas que fez em todo e qualquer avião, civil ou militar.
Esses registos permitem, em qualquer momento, reviver episódios com relevo vividos, às vezes, muitos anos antes.
E foi assim que um dia destes, depois de ter começado a vasculhar as minhas cadernetas de voo, descobri que desde o dia 24 de Julho de 1964, meu primeiro dia de voo na Base Aérea Nº 5, em Monte Real, Leiria, até ao dia 16 de Setembro, 55 dias ao todo, voei, várias vezes, com funções a bordo de piloto ou 2º piloto e não como passageiro, os seguintes aviões, com asrespectivas matrículas:
·         JU-52 / Nº 6311 no dia 24 de Julho, M.Real-Tancos-M.Real
·         Chipmunk / Nº 1356 e Nº 1357
·         Piper Cub / Nº 3204 e Nº 3215
·         Beechcraft BC-D-18S / Nº 2508
·         F86 F / Nº 5357 no meu 1º voo, no dia 16 de Setembro.
Este aviador é realmente muito versátil, carago!
>Características principais destes aviões.
Texto normalmente da Wikipédia:
Junkers Ju 52


Um JU português


recepção dos 1ºs aviões portugueses foi feita em Dezembro de 1936 na Granja do Marquês, em Sintra.
A sua característica principal é o facto de tanto as asas como a fuselagem serem feitas em metal canelado, como as folhas de zinco dos telhados

Cockpit do JU

É um avião alemão com motor a pistão fabricado entre 1932 e 1945 pela empresa Junkers, com capacidade de 17 passageiros. Também é conhecido como "Tante Ju" (Tia Ju) ou Auntie Ju, e apelidado pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial como "Iron Annie". Foram produzidas mais de 4.000 unidades para utilização civil e militar. É um dos aviões mais bem sucedidos na história da aviação europeia.

Chipmunk

Cockpit do JU

É um avião alemão com motor a pistão fabricado entre 1932 e 1945 pela empresa Junkers, com capacidade de 17 passageiros. Também é conhecido como "Tante Ju" (Tia Ju) ou Auntie Ju, e apelidado pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial como "Iron Annie". Foram produzidas mais de 4.000 unidades para utilização civil e militar. É um dos aviões mais bem sucedidos na história da aviação europeia.

Chipmunk


Chipmunk

O protótipo do DHC-1 Chipmunk, CF-DIO-X, voou pela primeira vez em 22 May 1946 em Downsview, Toronto, no Canadá.
Chipmunk é um monomotor bi-lugar em tandem, de treino básico que serviu a Royal Canadian Air Force, a Royal Air Force  e muitasoutras Forças Aéreas no pós Segunda Grande Guerra.
Hoje, mais de 500 DHC-1 Chipmunks (conhecidos poor "Chippie") continuam a voar ou a ser reconstruídos.


Piper Cub

Super Cub da FAP

Piper PA-18 é um avião monomotor, com trem de aterragem fixo, roda de cauda, asa alta, bilugar, que possui dois assentos na maioria das configurações.
Construiram-se mais de 2 unidades deste modelo. Ideal para recreio, muitos aeroclubes são possuidores deste tipo de aparelho. Militarmente, foi utilizado pelos Forças Armadas dos Estados Unidos, a partir de 1943, no Norte de África e na Europa como avião de ligação e na correcção de tiro da artilharia.
Em 1949 foi construída uma nova versão, o PA-18-90 Super Cub com um motor de 105 Hp.
Em 1952 entraram ao serviço do Exército Português 27 aviões Piper Super Cub, utilizados por este ramo essencialmente para observação, controlo e regulação de tiro de artilharia. Previa
se, nessa altura a criação de uma unidade de aviação ligeira no Exército mas, como essa ideia foi abandonada, as aeronaves passaram para a Força Aérea Portuguesa.
Na Força Aérea as aeronaves cumpriram missões de treino de pilotos e de observadores aéreos e missões de ligação. Alguns aviões também serviram nas Formações Aéreas Voluntárias. Foram retirados do serviço em 1976 e cedidos a aeroclubes.


Beechcraft


Bechcraft D-18 da FAP
Bechcraft D-18

Beechcraft Modelo 18 é um avião norte-americano bimotor monoplano de asa baixa, de construção metálica semi-monocoque, para seis passageiros e dois pilotos. O projeto da aeronave era bem convencional, exceto pela deriva dupla. Foi fabricado por mais de trinta anos, entre 1937 e 1970, atingindo mais de 9.000 unidades

         F-86 Sabre


F-86 F da FAP

O F-86 Sabre, foi um caça de combate diurno a jacto, subsónico (embora capaz de ultrapassar a Barreira do Som em voo picado, tal como fiz no dia 21 de Setembro de 1965) desenvolvido pela North American a partir do final de 1944.
Veio a ser um dos caças mais produzidos no mundo Ocidental, no tempo da Guerra fria. Ficou famoso pelo seu envolvimento na Guerra da Coreia, onde defrontou com sucesso o seu principal oponente o MiG-15.
Apesar de no final de 1950 já não ser um avião de primeira linha, manteve-se no activo durante mais de quatro décadas até 1994, quando finalmente a Força Aérea da Bolívia o retirou doactivo.
Foi o mais proeminente avião de combate de segunda geração, que incorporou tudo o que de mais desenvolvido tinha sido assimilado pelos projectistas Norte-Americanos na concepção de aviões a jacto e que beneficiou ainda dos avançados conceitos aerodinâmicos desenvolvidos pelos cientistas Alemães no decorrer da Segunda Guerra Mundial.




VB: É sempre com grande alegria que lemos as histórias do Cavaleiro contadas na primeira pessoa.
As suas passagens levam-nos ao passado que vivemos durante a nossa passagem em “meninos”na FAP.
Sobre as cadernetas de voo, recordo o nosso companheiro Osvaldo, que estava na secretaria registando as horas de voo, que desenrascou muita malta. Havia muito pessoal na manutenção que estava registado como pessoal navegante, no intuito de no fim de cada mês, desde que voasse 30 horas por semestre,receber mais 500.00 Esc.como prémio de voo.
Normalmente quem mais voava era o pessoal da Linha da Frente,e muitos deles com alguma dificuldade em conseguir fazer as 30 h, pois os voos na Guiné eram muito curtos, exceção seja feita ao pessoal dos helicópteros que ultrapassava esse quantitativo em muito.
Pois bem,tinha que se recorrer ao Osvaldo que lá punha a malta a voar virtualmente para que o “patacão” fosse mais confortável.
Ainda temos esperança dele ler este voo e dizer-nos como fazia,Ok Osvaldo?

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