quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Voo 3443 PATUSCADA EM BISSALANCA







António Fiche
Esp.MRÁDIO
Montijo


Estamos em Outubro de 71, continuamos em Bissalanca...
Qualquer companheiro da F.A.P. que esteve na Guiné, nunca esquecerá este
nome, pois lá passámos longos meses, uns melhores, outros piores, mas no fundo todos temos uma certa nostalgia dos tempos de grande camaradagem que lá tivemos.
No dia 3 mais uma vez de serviço MRD e depois dia 11 vou a Bissau, e se vai repetindo por muitos dias, dia sim, dia não...
Porquê? Já devem calcular, lições de condução na tal escola muito conhecida de tantos vós: a Racha.
Alguns dias depois de ter a condução de tarde, tinha que ficar para o código que era de noite, e lá jantava em diversos sítios tão bem conhecidos como o Pelicano, Noé, Meta, Solar do 10, ... e tantos mais.
Dia 26 outra vez MRD... e no dia 29 janto num restaurante que nunca tinha
ido, o Riviera e bebida no Bento, com o Santos... assim se passou o outubro.
No dia 1 de Novembro já estava dentro de uma DO, com mais companheiros
para ir a Bubaque, mas foi cancelada a ida, por ter de urgência ir fazer uma
evacuação.
Dia 3, nós os do “quarto do Montijo”, Ribeiro, Sousa, Dimas, eu e Angélico
mais o Pita, da Trafaria, fizemos uma grande patuscada, como a foto comprova, e à volta da mesa pela ordem descrita acima.






E lá continuamos com mais um MRD a 18, e dia 22 numa das idas a Bissau vou pela primeira vez ao cinema UDIB, e o filme foi “A ovelha ranhosa”.
Até que chega o dia 24, o tal dia de exame de condução... e fiquei bem!
Depois fui jantar para comemorar, e foi no Enfarta Brutos na companhia dos companheiros Ribeiro, Angélico e Pita. E ainda fomos ao Solmar e ao Parque beber...?  Na altura o que se bebia mais era coca-cola e cerveja... o whisky só na base, que era ao preço da água... a tal Perrier que cá não havia.
Parecendo que não, mas estas semanas foram muito cansativas, com as idas e vindas de Bissau, além de fazer o trabalho na linha da frente DO/T6.
Mas valeu a pena, porque foram uns dias bem passados, em especial quando se estava a morfar, tanto em Bissau nos diversos restaurantes, como na base nos petiscos, que inúmeras vezes lá fizemos...
O que de melhor podemos fazer na juventude, longe dos mimos da nossa mãe:
Comer bem...! E alguns ainda bebiam melhor... Ah pois é!

“FOMOS ESPECIALISTAS, SOMOS ESPECIALISTAS, SEREMOS SEMPRE ESPECIALISTAS”

 Caro Comandante e amigo, junto a minha sexta crónica, em que ao escrevê-la me vou
relembrando de coisas que nunca mais me tinha vindo à memória, ainda bem que achei
as tais agendas com os apontamentos.
Saudações e abraço!

ANTÓNIO FICHE


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